Três comunidades no litoral do Paraná serão beneficiadas com as obras custeadas pela TCP
Cerca de 130 indígenas do povo Guarani Mbya receberão 30 casas até o final de novembro. As obras, financiadas pelo Terminal de Contêineres de Paranaguá, custaram ao todo 6 milhões de reais, considerando também a logística envolvida dada a localização remota das comunidades.
Serão beneficiadas neste projeto as aldeias Pindoty, localizada em Paranaguá na Ilha da Cotinga; a aldeia Karaguatá Poty, no distrito do Guaraguaçu; e a aldeia Guaviraty, em Pontal do Paraná, balneário Shangri-lá.
Segundo a antropóloga Beatriz Amorim, coordenadora do Plano Básico Ambiental – Componente Indígena (PBACI), os Guaranis Mbya têm uma relação muito especial com o litoral do Paraná. “Eles consideram a Mata Atlântica um lugar sagrado, pois habitam esta mata há milhares de anos. É como se Nhanderu (divindade indígena) indicasse que a terra é própria para os guaranis viverem”. Além da caça, pesca e plantio, os Guaranis também realizam o artesanato e são muito envolvidos com música.
O objetivo das obras é estimular a preservação da cultura indígena, fortalecendo as comunidades, o que irá auxiliar na produção e divulgação de conhecimento da cultura base do Brasil. “A construção das casas é uma dentre as demais ações e compromissos executados pela TCP. A finalidade é propiciar melhor qualidade de vida aos indígenas, de acordo com as demandas locais”, explica Gabriel Vieira, Gerente Institucional da TCP.
Contempladas como uma medida compensatória no PBACI, as residências, que começaram a ser construídas em maio, foram planejadas respeitando a vivência indígena. “Eles têm o costume de construírem casas montadas de madeira retirada da mata. Foi uma demanda da comunidade”, explica a coordenadora do PBACI. Após a construção, todos os imóveis serão envernizados.
Além das residências, a TCP realiza outras ações com as comunidades indígenas. Desde 2014, a empresa conta com os programas Nhemboaty Porã – Gestão e Articulação e Nhande Kya – Rede de Monitoramento e Gestão Territorial. Além disso, a instituição faz o monitoramento ambiental e atua nos projetos Mbya Arandu – Valorização da História e Cultura Guarani; Mymba – Monitoramento, Criação e Reintrodução de Fauna; e o projeto “Mobilidade e Segurança”.