TCP

Obra vai suprir a demanda crescente por fornecimento de energia gerado tanto pela ampliação do número de tomadas da área reefer do terminal, quanto por equipamentos convertidos do diesel para bateria elétrica 

Na última quarta-feira (20), a empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) inaugurou sua mais nova subestação de energia, modelo GIS F35-4, fabricada pela General Electric (GE). O projeto tem como objetivo abastecer não só toda a estrutura do terminal, mas também as 1.554 novas tomadas na área de reefer e os RTGs que foram eletrificados recentemente na operação ferroviária.

A inauguração da nova subestação GIS tem um papel importante na TCP, pois não só elimina completamente o gargalo da restrição da cota de eletricidade para atender à demanda pelas novas tomadas, atendendo ao crescimento da área refrigerada, como também estabelece uma base sólida para o desenvolvimento sustentável na TCP, incluindo a ampliação do pátio, a eletrificação de todos os RTGs e a aquisição de STSs adicionais no cais, conforme plano estratégico da empresa.

O evento contou com a presença do CEO do Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP), James Cao, do presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, e do diretor do CET Group, empresa responsável pela construção da subestação, Liu Ming.

Instalado em um prédio de dois andares, com área total de 446 metros quadrados, localizado dentro do terminal, o sistema conta com um transformador de 25 kVA de potência com tensão de entrada de 138 kV e saída em 13,8 kV para distribuição para as outras subestações já presentes no local.

De acordo com o coordenador de manutenção da TCP, Wilson do Pilar Cordeiro Junior, o antigo sistema limitava a carga distribuída no terminal a 10 MVA, enquanto o novo deve fornecer 25 MVA, podendo ser expandido a até 50 MVA com a futura instalação de um segundo transformador. “Com esse aumento na nossa capacidade de carga, a subestação vai viabilizar, por exemplo, a expansão do número de tomadas da área reefer de 3.572 para 5.126 até o final do ano, além de garantir o fornecimento de energia de forma adequada para nossos dois RTGs eletrificados, que fazem parte da estratégia do terminal em reduzir a emissão de gases de efeito estufa”, explicou Wilson.

Além disso, o modelo GIS (subestações isoladas a gás) foi escolhido por ser compacto, confiável e com baixíssimo custo de manutenção, trazendo maior eficiência e segurança às operações do terminal. 

“A conclusão desse projeto é fruto de intensa colaboração e da competência de todas as partes envolvidas. A conexão elétrica entre o terminal e nosso sistema foi efetuada por meio de uma linha de alta tensão ligada à uma subestação compacta isolada a gás, o que representa um avanço tecnológico importante. Celebramos esta conquista técnica, que fortalece o crescimento do Paraná e aprimora a segurança das operações para um grande cliente da Copel”, afirmou o superintendente de operações da Copel, Paulo Bubniak.

TCP alcança marca de 16 milhões de contêineres movimentados

Na última semana de agosto, o terminal alcançou um marco histórico ao movimentar 16 milhões de TEUs (medida para um contêiner de 20 pés de comprimento). Nos sete primeiros meses de 2023, destacaram-se as exportações de carnes e produtos congelados, seguidos por commodities agrícolas. Nas importações, os bens de consumo e eletrônicos lideraram, seguidos pelo setor automotivo. “Este número é resultado dos diversos investimentos que a empresa tem feito em infraestrutura e pessoal, sempre buscando otimizar seus processos e oferecer um serviço diferenciado aos seus clientes”, concluiu Wilson. O resultado foi obtido ao longo de 25 anos de atuação do terminal no Paraná.

Isabelle Veloso Sousa