Representantes do grupo de trabalho do plano estadual ferroviário também estavam presentes e conheceram as operações do Terminal
Na manhã desta terça-feira (16), a TCP, empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá, recebeu a visita do Secretário Nacional de Transporte Ferroviário, Leonardo Ribeiro, e do Coordenador do Grupo de Trabalho do Plano Estadual Ferroviário, Luiz Henrique Fagundes, para conhecerem as operações do Terminal e discutirem o papel do projeto de ampliação e renovação da malha ferroviária nacional, o qual incluí a Nova Ferroeste, dentro do contexto da logística portuária.
Com o objetivo de ampliar a Estrada de Ferro Paraná Oeste S.A., que hoje conta com pouco mais de 200 quilômetros de extensão, a Nova Ferroeste prevê um traçado de 1.567 quilômetros, conectando os municípios de Maracaju (MS) e Paranaguá, além de criar um ramal entre Foz do Iguaçu e Cascavel e entre Chapecó (SC) e Cascavel, tornando-se, assim, o segundo maior corredor de grãos e contêineres do país.
O secretário nacional de Transporte Ferroviário, Leonardo Ribeiro, destacou que “a visita in loco facilita a tomada de decisões, permitindo que entendamos qual o melhor desenho para a ferrovia de modo que consigamos impulsionar o desenvolvimento econômico e social do país, reduzindo o custo de logística e resolvendo questões como conflitos urbanos”.
Durante a visita, os participantes foram apresentados a estrutura da TCP e puderam acompanhar as operações no cais, no pátio e na ferrovia, a única do Sul do Brasil que possui acesso direto à zona primária dentro do terminal. “O modal ferroviário é extremamente estratégico para a TCP, pois resulta em uma maior fidelização de clientes, uma vez que oferece maior previsibilidade e confiabilidade operacional, bem como redução nos custos logísticos”, explicou Giovanni Guidolim, gerente comercial, de logística e de atendimento da TCP.
“Além disso, ampliar o fluxo no transporte ferroviário está diretamente ligado à nossa estratégia e às tendências atuais do mercado em relação a temática da sustentabilidade, devido à redução de emissão de gases de efeito estufa e do número de caminhões nas rodovias, melhorando o fluxo viário de Paranaguá”, comenta Rafael Stein Santos, gerente institucional e jurídico da TCP.
No primeiro trimestre de 2024, o Terminal de Contêineres de Paranaguá movimentou 295.384 TEUs (20 pés de comprimento de contêiner), volume recorde de contêineres cheios e vazios para o período, sendo que, deste total, 17% foram movimentados exclusivamente por meio do modal ferroviário.
O coordenador do Plano Estadual Ferroviário do Paraná, Luiz Henrique Fagundes disse que “o crescimento constante nas exportações de grãos e contêineres por Paranaguá exige que sejamos capazes de atender essa demanda com investimentos em infraestrutura. Com mais eficiência logística, a cadeia de produção desfruta de uma redução de custo, podendo transferir isso para preço, resultando na conquista de novos mercados, trazendo margens que permitirão um maior reinvestimento, e, consequentemente, uma maior geração de empregos”.
Fagundes ainda destacou que a conexão direta entre o terminal e a ferrovia configuram uma vantagem competitiva frente aos seus pares no Brasil e falou do aumento no número de tomadas no pátio reefer, área destinada a contêineres refrigerado, como os usados para armazenar carnes congeladas, principal carga movimentada pela TCP. “Essa capacidade disponível na TCP faz dela um expoente dentro da cadeia de exportação do Brasil”.
Com 5.628 tomadas, a TCP deve se posicionar como o maior pátio de contêineres refrigerados de toda a América do Sul.